Jardim dos Amigos

entre e fique a vontade,entre flores, músicas, reflexões e amizade *

9 de fevereiro de 2009

" Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."

(Luís de Camões)


DESABAFO DE UM BOM MARIDO - Luís Fernando Veríssimo

Minha esposa e eu sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.

Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica.
Então ela disse: 'Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar'.
Daí comprei pra ela uma cadeira elétrica.

Eu me casei com a 'Sra. Certa'. Só não sabia que o primeiro nome dela era 'Sempre'.

Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.

Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: 'O que tem na TV?' E eu disse 'Poeira'.

No começo Deus criou o mundo e descansou.
Então, Ele criou o homem e descansou.
Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso.

Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes, o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer.
Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa.
Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dente e lhe entreguei.
'- Quando você terminar de cortar a grama, ' eu disse, 'você pode também varrer a calçada?'


Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida'.

'O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido.'

2 de fevereiro de 2009


NOSSOS AMIGOS
Autoria - Silvana Duboc
14/07/2008

Às vezes nossos amigos vão no magoar,
com uma faca afiada vão nos ferir
e nosso coração vai sangrar.
Às vezes vão nos desiludir
e também nos decepcionar.
Nem a amizade verdadeira pode ser perfeita,
ela pode entortar e talvez voltar a ser direita.
Ela pode se tornar tão estreita
a ponto de parecer que vai acabar
e num rio de lágrimas nos lançar.
Amigos são humanos por isso um dia vão falhar,
importante é que meçam
o tamanho da dor que vão nos causar
pois existem dores que não desaparecem,
se desenvolvem e crescem.
Amigos nunca atingirão a perfeição
e é isso que machuca nosso coração
porque amigos deveriam ser
uma rota só para a alegria e o prazer.

"De agora em diante, n�o permita mais que qualquer medo prejudique a sua vida, deixando de fazer as coisas como precisam serem feitas"

- Luis Carlos Mazzini -

Artigos (DespertarDaMente. Com)

1 de fevereiro de 2009


Chamam-me Mulher
Fernanda Guimarães


Chamam-me mulher!
Essa que atrevida, pluraliza-me,
Quando me penso solidão.
Essa que me acolhe e instiga,
Saltando dos abismos e espelhos
Declarando-me aos meus silêncios.

Chamam-me mulher!
Essa que tantas almas tem,
Mas que incontida pelo sentir
Revira-me e sabe-me em afetos.
Essa que é dona de mim
Sem certidões ou posses.

Chamam-me mulher!
Essa que impulsiva me seduz
Com os sons femininos da poesia
E acesa, oferece-me ao verso.
Essa que atravessa desertos
E faz-se oásis para o universo.

Chamam-me mulher!
Essa que chega antes do tempo,
Remexendo o relógio dos conceitos.
Essa que deixa dores ao vento
E seca lágrimas no colo do sol
Ofertando-me as mãos do recomeçar.

Chamam-me mulher!
Essa que permite o mundo
Em seus braços repousar
E em cada sussurro do alvorecer
Fecunda-se sempre de vida
No útero do amor eterno
Curso de chefia


Um índio entra com toda a calma no saloon, com uma escopeta numa das mãos e um balde de bosta na outra.

- 'Cavalo Galopante' querer café.

O garçom lhe serve uma xícara, que ele esvazia num gole só.
A seguir joga o balde de bosta para cima, dá-lhe
um tiro certeiro, espalha merda pra todo lado e vai embora.

Na manhã seguinte, o índio retorna ao saloon, pede outro café e pergunta:

- Porque ainda não limparam tudo?

O dono do bar corre imediatamente pro balcão e diz:

- Como é que é??? A gente ainda nem conseguiu terminar de limpar a lambança de ontem e você ainda tem a audácia de voltar aqui, sem nem ao menos dar uma explicação?


- Índio explica. Mim fazer curso para ser chefe.... querer virar executivo.

E ontem fiz trabalho prático.

Mim chegar de manhã, tomar café, espalhar merda e desaparecer resto do dia. Hoje cobrar resultado.

Complexidade feminina ! (M = Mulher / H = Homem)

M - Onde você vai ?
H - Vou sair um pouco.
M - Vai de carro ?
H - Sim.
M - Tem gasolina ?
H - Sim... coloquei.
M - Vai demorar ?
H - Não... coisa de uma hora.
M - Vai a algum lugar específico ?
H - Não... só rodar por aí.
M - Não prefere ir a pé ?
H - Não... vou de carro.
M - Traz um sorvete pra mim !
H - Trago... que sabor ?
M - Manga.
H - Ok... na volta eu passo e compro.
M - Na volta ?
H - Sim... senão derrete.
M - Passa lá, compra e deixa aqui.
H - Não... melhor não ! Na volta... é rápido !
M - Ahhhhh !
H - Quando eu voltar eu tomo com você !
M - Mas você não gosta de manga !
H - Eu compro outro... de outro sabor.
M - Aí fica caro... traz de cupuaçu !
H - Eu não gosto também.
M - Traz de chocolate... nós dois gostamos.
H - Ok ! Beijo.. volto logo...
M - Ei !
H - O que ?
M - Chocolate não... Flocos...
H - Não gosto de flocos !
M - Então traz de manga prá mim e o que quiser prá você.
H - Foi o que sugeri desde o começo !
M - Você está sendo irônico ?
H - Não... tô não ! Vou indo.
M - Vem aqui me dar um beijo de despedida !
H - Querida! Eu volto logo... depois.
M - Depois não... quero agora !
H - Tá bom ! (Beijo)
M - Vai com o seu ou com o meu carro ?
H - Com o meu.
M - Vai com o meu... tem cd player... o seu não !
H - Não vou ouvir música.. vou espairecer...
M - Tá precisando ?
H - Não sei... vou ver quando sair !
M - Demora não !
H - É rápido... (Abre a porta de casa.)
M - Ei !
H - Que foi agora ?
M - Nossa !!! Que grosso ! Vai embora !
H - Calma... estou tentando sair e não consigo !
M - Porque quer ir sozinho ? Vai encontrar alguém ?
H - O que quer dizer ?
M - Nada... nada não !
H - Vem cá... acha que estou te traindo ?
M - Não... claro que não... mas sabe como é ?
H - Como é o quê ?
M - Homens !
H - Generalizando ou falando de mim ?
M - Generalizando.
H - Então não é meu caso... sabe que eu não faria isso !
M - Tá bom... então vai.
H - Vou.
M - Ei !
H - Que foi, cacete ?
M - Leva o celular, estúpido !
H - Prá quê ? Prá você ficar me ligando ?
M - Não... caso aconteça algo, estará com celular.
H - Não... pode deixar...
M - Olha... desculpa pela desconfiança... estou com saudade... só isso!
H - Ok meu amor... Desculpe-me se fui grosso. Tá.. eu te amo !
M - Eu também !
M - Posso futricar no seu celular ?
H - Prá quê ?
M - Sei lá! Joguinho !
H - Você quer meu celular prá jogar ?
M - É!!!!!!!!
H - Tem certeza ?
M - Sim.
H - Liga o computador... lá tem um monte de joguinhos !
M - Não sei mexer naquela lata velha !
H - Lata velha ? Comprei pra gente mês passado !
M - Tá.. ok... então leva o celular senão eu vou futricar...
H - Pode mexer então... não tem nada lá mesmo...
M - É ?
H - É.
M - Então onde está ?
H - O quê ?
M - O que deveria estar no celular mas não está...
H - Como !?
M - Nada ! Esquece !
H - Tá nervosa ?
M - Não... tô não...
H - Então vou !
M - Ei!
H - Que ééééééé ?
M - Não quero mais sorvete não !
H - Ah é ?
M - É !
H - Então eu também não vou sair mais não !
M - Ah é ?
H - É.
M - Oba ! Vai ficar comigo ?
H - Não vou não... cansei... vou dormir !
M - Prefere dormir do que ficar comigo ?
H - Não... vou dormir, só isso !
M - Está nervoso ?
H - Claro, porra !!!
M - Por que você não vai dar uma volta para espairecer ?

(Luis Fernando Veríssimo)
Texto de Antonio Ermírio de Moraes.

'Se você ainda não sabe qual é a sua verdadeira vocação, imagine a seguinte cena:
Você está olhando pela janela, não há nada de especial no céu, somente algumas nuvens aqui e ali.

Aí chega alguém que também não tem nada para fazer e pergunta:
-Será que vai chover hoje?



1. Se você responder 'com certeza'... a sua área é Vendas: - O pessoal de Vendas é o único que sempre tem certeza de tudo.



2. Se a resposta for 'sei lá, estou pensando em outra coisa'... então a sua aérea é Marketing: - O pessoal de Marketing está sempre pensando no que os outros não estão pensando.



3. Se você responder 'sim, há uma boa probabilidade'... você é da área de Engenharia: - O pessoal da Engenharia está sempre disposto a transformar o universo em números.



4. Se a resposta for 'depende'... você nasceu para Recursos Humanos: - Uma área em que qualquer fato sempre estará na dependência de outros fatos.



5. Se você responder 'ah, a meteorologia diz que não'... você é da área de Contabilidade: - O pessoal da Contabilidade sempre confia mais nos dados no que nos próprios olhos.



6. Se a resposta for 'sei lá, mas por via das dúvidas eu trouxe um guarda-chuvas': - Então seu lugar é na área Financeira que deve estar sempre bem preparada para qualquer virada de tempo.



7. Agora, se você responder 'não sei'... há uma boa chance que você tenha uma carreira de sucesso e acabe chegando a diretoria da empresa.



De cada 100 pessoas, só uma tem a coragem de responder 'não sei' quando não sabe.



Os outros 99 sempre acham que precisam ter uma resposta pronta, seja ela qual for, para qualquer situação.



'Não sei' é sempre uma resposta que economiza o tempo de todo mundo, e pré-dispõe os envolvidos a conseguir dados mais concretos antes de tomar uma decisão.



Parece simples, mas responder 'não sei' é uma das coisas mais difíceis de se aprender na vida corporativa. Por quê? Eu sinceramente 'não sei'.

(Antonio Ermírio de Moraes - Revista Exame)