Jardim dos Amigos

entre e fique a vontade,entre flores, músicas, reflexões e amizade *

7 de setembro de 2008


É TEMPO DE MUDAR
Autoria - Silvana Duboc
29/08/2008

É tempo de despedida,
de adeus, de partida.
É tempo de esquecer,
de virar uma página da vida
onde não se pode mais escrever.
É tempo de aliviar a alma dolorida
cansada de tanto sofrer.
É tempo de procurar novos horizontes,
mergulhar em outras fontes.
É tempo de buscar alegrias
e ignorar a nostalgia
que impede a felicidade.
É tempo de colher verdades
e dar um vôo rumo à realidade.
É tempo de crescimento interior,
de se deliciar com o sabor
de existir sem pendências.
É tempo de força e paciência,
de resignação e consciência.
É tempo de recuperar o tempo,
cada minuto, cada momento.
É, enfim, tempo de mudar
pois quem não muda tende a estagnar.
ARITMETÁFORA

Luiz Poeta

Luiz Gilberto de Barros
Às 13 h e 19 min do dia 23 de agosto de 2008 do Rio de Janeiro



Na matemática do amor, o quociente
Silencioso observa o divisor;
Que é o frio numeral intransigente
Sempre adverso a todo multiplicador.


E nessa dízima de números avulsos
Que sempre pedem outros cálculos exatos,
A emoção que sobrevive dos impulsos
Do coração, tem resultados abstratos.


Eu sempre olho a razão como uma parte
Desse encarte de emoções e fantasias
Que a solidão constrói e a dor transforma em arte,
Quando meu sonho flui de algumas nostalgias.



Essencial, a luz do amor desce das frestas
Que a razão deixa nos vãos da minha dor
E se irradia nas estrias mais honestas
Que a tristeza traça no meu desamor.



Meu coração conta nos dedos as parcelas
De cujas somas, o produto racional
Não é um número... é o amor... repousa nelas
As aquarelas do meu mundo emocional.


Na aritmética da vida, o resultado
Satisfatório é a conscientização
De que o respeito pelo próximo é somado
À alegria...quando a dor é divisão.


Há que sonhar, há que viver, há que somar
Os sentimentos com os sonhos conscientes,
E dividir, no coração, o que sobrar,
Quando a razão nem quer saber dos quocientes.



Cada pessoa especial que nós amamos
Não representa um algarismo opcional,
Que se transforma em numeral, se a comparamos
Com quem julgamos ser bem mais original.



Nosso destino imprevisível redecora
Os ambientes, quando a dor substitui
Cada ponteiro racional que marca a hora,
Quando, no tempo, o sentimento é que flui.


Cada amigo de verdade representa
Em nossas vidas, uma bênção divinal
De cuja essência nossa alma se alimenta
Pois nosso amor jamais será um numeral.

6 de setembro de 2008


"No fim tu hás de ver que as coisas
mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha o próprio vento..."

(Mário Quintana)